Sandro Botticelli
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Sandro Botticelli | |
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Provável autorretrato de Botticelli, em Adoração dos Magos (Uffizi, Florença) |
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Nascimento | 1 de março de 1445 Florença |
Morte | 17 de maio de 1510 (65 anos) Florença |
Nacionalidade | italiano |
Ocupação | Pintura |
Movimento estético | Renascimento |
Protegido dos Médici, para os quais executou preciosos registros da pintura de cunho mitológico, foi bem relacionado no círculo florentino, trabalhando também para o Vaticano, produzindo afrescos para a Capela Sistina. Foi ainda destacado retratista, e seu talento excepcional de transpor para a linguagem formal as concepções de seus clientes tornou-o um dos pintores mais disputados de seu tempo. Sua reputação, alvo de um curto reavivar de interesse no século XVI, logo esvaiu-se, e somente com o reaparecimento de uma crescente curiosidade pelo Renascimento, registrada no século XIX, e, em particular, pela interpretação filosófica de suas obras, é que sua arte volta a adquirir o êxito e a fama que mantém até hoje.
Biografia
Pintor italiano de seu verdadeiro nome Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi, nasceu no dia 1 de Março de 1445/1444 e faleceu no dia 17 de Maio de 1510. Filho de um curtidor de peles, a sua alcunha de Botticelli veio do seu irmão mais velho, Giovanni, por causa da gordura. Na adolescência trabalhou na casa de um ourives, possivelmente , na oficina de Filippo Lippi , a quem teria ajudado nas decorações da Catedral de Prata. Protegido dos Médicis, para os quais executou preciosos registos da pintura de cunho mitológico, foi bem relacionado no círculo florentino, trabalhando também para o Vaticano, produzindo frescos para a Capela Sistina. Botticelli foi sepultado na Igreja de Ognissanti, para a qual pintara, 30 anos antes, Êxtase de Sto. AgostinhoJuventude
Nascido em Florença, no popular rione (bairro) de Ognissanti, aprendeu inicialmente ourivesaria com seu irmão e depois foi aprendiz de Fra Filippo Lippi, e com ele aprendeu a arte de Masaccio. Também estudou com Andrea del Verrocchio, entre 1467 e 1470, na mesma época em que com ele estudava Leonardo da Vinci. Em 1470, aos vinte e cinco anos, abriu seu próprio ateliê. Nesse ano, foi encarregado de pintar o quadro A Coragem, que seria colocado no Tribunal do Palácio do Mercado.] Maturidade e vida tardia
Em 1481, esteve em Roma, para participar dos trabalhos na Capela Sistina, onde pintou os frescos As Provações de Moisés, O Castigo dos Rebeldes e A Tentação de Cristo. Em 1505, fez parte do Comitê Florentino, organizado para decidir onde seria colocado o Davi de Michelangelo. Na temática religiosa destacam-se também São Sebastião (1473) e um afresco sobre Santo Agostinho. Na década de 1490, quando os Médici foram expulsos de Florença, Botticelli passou por uma crise religiosa e tornou-se discípulo do monge beneditino Girolamo Savonarola, que pregava a austeridade e a reforma, mas Botticelli jamais deixou Florença. Nessa nova fase destacam-se: A Natividade Mística (década de 1490), e A Crucificação Mística (c. 1496). Todos expressam intensa devoção religiosa e representam certo retrocesso no desenvolvimento de seu estilo.Faleceu em 17 de maio de 1510. Está sepultado na Abbazia Di Ognissanti em Florença.[1]
Principais trabalhos
Dedicou boa parte da carreira às grandes famílias florentinas, especialmente a Família Médici, para os quais pintou retratos. Entre tais obras, destacam-se Retrato de Giuliano de Medici e A adoração dos Magos. O último rendeu-lhe a admiração e atenção da Família Médici, que o colocou sob sua proteção e patronato. Seus contatos com a Família Médici foram sem dúvidas úteis para que obtivesse proteção e condições para que produzisse várias de suas obras-primas.Participou dos círculos intelectual e artístico da corte de Lourenço de Médici, recebendo a influência do neoplatonismo cristão lá presente, o qual pretendeu conciliar com as idéias clássicas. Por exemplo, a sua obraMinerva e o Centauro, parece representar a ideia do amor desenvolvida pelo filósofo neoplatônico Marsilio Ficino.[2]Tal síntese expressa-se emA Primavera e O Nascimento de Vênus, ambas realizadas sob encomenda para enfeitar uma residência dos Médici e que hoje estão expostas na Galeria Uffizi, em Florença, na Itália. Até hoje não há consenso na interpretação dessas pinturas, embora creia-se que Vênus pode ser vista como fonte do amor divino, tanto do ponto de vista cristão quanto pagão. Assim como o batismo é o "Renascer em Deus", o nascimento de Vênus remete a esperança do "renascimento".[3]. Para A Primavera foi provavelmente buscar inspiração nas odes dePoliziano, nos Faustos de Ovídio e na poesia filosófica De rerum natura deLucrécio.[4]
Nesta linha pagã, destacam-se também a série de quatro quadros Nastagio Degli Onesti, produzidos em 1483, nos quais o artista recria uma das histórias do Decameron, de Boccaccio. Também pintou diversos quadros de temática religiosa, como A Virgem Escrevendo O Magnificat (1485); A Virgem de Granada (1487) e A Coroação da Virgem (1490), todas expostas na Galeria Uffizi, e Virgem com o Menino e Dois Santos (1485), exposta nos Museus Estatais de Berlim (Staatliche Museen). Em 1472 ingressou na Companhia de São Lucas, uma fraternidade dedicada à caridade gerida por artistas. No ano seguinte, Botticelli foi chamado a Pisa, para pintar um fresco na catedral da cidade (essa obra foi perdida pelo desgaste do tempo).
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As Provações de Moisés Capela Sistina
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A Tentação de Cristo Capela Sistina
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Retrato de Dante Alighieri
Referências
- ↑ Sandro Botticelli no Find a Grave
- ↑ Barbara Deimling, Botticelli, Taschen, 2004, pp. 45.
- ↑ JANSON, Anthony F e JANSON, H. W.. Iniciação à história da arte, 2ªed. São Paulo, Martins Fontes, 1996 pg.202
- ↑ Barbara Deimling, Botticelli, Taschen, 2004, pp. 39-43.
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